terça-feira, fevereiro 06, 2007



A idéia

A idéia de conceber uma história de terror nunca fez parte dos meus mais sinistros ou alterados estados de espírito. Realizar uma dessas histórias então, muito menos...pelo menos até ao dia em que alguém me convidou a pensar despreconceituadamente sobre este género e me apresentou um conjunto de pérolas de terror, escolhidas entre clássicos desde os anos 40 até hoje.

Isso aconteceu no workshop que eu tive o privilégio de participar no Festival Avanca 2005 promovido pelo Cine Clube de Avanca, ministrado por um realizador americano chamado Jeff Burr (“Leatherface: Texas Chainsaw Massacre III”, “Puppet Master 5: the Final Chapter”, “Night of Scarecrow”, “The Werewolf Reborn!”, “Frankenstein & the Werewolf Reborn!”, entre outros) workshop esse denominado “Ficcionar o Horror”.

O curioso desse workshop foi que no início, quando o Jeff perguntou o porquê de o terem escolhido, a grande maioria dos elementos que participou respondeu: “os outros workshops já estavam preenchidos”, deixando-o perplexo e sem grande vontade de perguntar mais nada. No entanto, com o decorrer do workshop conseguiu muito naturalmente “abrir-nos a cabeça” para este género e no fim, todos o passaram a apreciar de forma diferente.

Uma vez “apresentados” a Roger Corman, Dario Argento, John Carpenter, William Friedkin, Tod Browning e muitos outros mestres, fizémos vários exercícios que tinham como objectivo integrar elementos cinematográficos de terror. E foi o máximo!

Sem me aperceber, fiquei viciado com a idéia de imaginar histórias que tivessem como objectivo, mexer com as emoções de forma directa e crua, pelo simples gozo de o fazer, recorrendo aos elementos mais básicos do terror, como a tensão, o ritmo, a perspectiva, o susto!...

Estranhamente, a história do filme surgiu rápida e inesperada de algum recanto menos arejado da minha cabeça, mas só depois de falar com o Cláudio Jordão (“Super-Caricas” e “Esperânsia”) é que se pôs a hipótese de a concretizar como curta de animação, até porque desta forma, a imaginação podia voar livremente.

E meus amigos, o que ela tem voado.

Nelson Martins

1 Comments:

Anonymous Anónimo said...

Excelente!
Acho que está a ficar apaixonante! O storyboard deixou-me água na boca! fico à espera de mais evoluções...

Joliveira

2:39 da tarde  

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